terça-feira, 10 de abril de 2012

Uniformizar para diferenciar:

O uniforme que antigamente servia apenas para padronizar, hoje constitui mais um elemento à disposição das empresas que procuram diferenciais para marcar sua imagem.

Na busca de imprimir maior qualidade e segurança nos serviços e na produção, alguns itens estão passando por profundas mudanças dentro das empresas: um deles é a utilização de roupas profissionais. Com isso os tradicionais uniformes são reavaliados em seus conceitos e ganham um novo visual.

A difusão do uso de uniformes é uma tendência mundial e, no Brasil, a expansão do setor de serviços tem sido responsável pelo boom que ocorre na procura de roupas profissionais.

Nesse processo todos lucram, setores que sempre se utilizaram de uniformes, passam a contar com novos materiais e mais funcionalidade e os funcionários começam a usufruir de novas modelagens que trazem uma aparência mais atualizada para suas vestimentas.

A roupa profissional tornou-se sinônimo de praticidade, modernidade, conforto, segurança, durabilidade e, atualmente, é um componente que contribui para estimular a auto-estima dos funcionários e divulgar a imagem e a marca da empresa.

A escolha da roupa correta exige, portanto, um estudo bastante complexo, pois envolve uma série de variáveis, que incluem desde a função do uniforme até harmonização da imagem das diversas áreas de uma empresa.

Existe uma tendência cada vez mais clara do uso da uniformização para o chamado marketing corporativo, algumas empresas até chegam a utilizar peças de seu vestuário para divulgar produtos, outras, que possuem maior prestígio, comercializam essas peças. Já é comum, por exemplo, alguns restaurantes colocarem à venda avental ou chapéu de chef com seu logotipo. Camisetas e bonés oferecidos por empresas são muitas vezes disputados porque a posse dessas peças dá um certo status.

Acompanhando a moda

Funcionários que antes relutavam e reclamavam ao vestir um uniforme, hoje já encontram motivos para aceitar o traje. A causa dessa mudança é o alinhamento da modelagem dessas roupas às tendências da moda e as pesquisas que são feitas para agradar o usuário.

Algumas empresas criam comissões de funcionários para auxiliar a equacionar os problemas que envolvem a escolha dos uniformes. O biotipo do brasileiro é bastante diversificado e as roupas precisam ter versatilidade para se adaptar aos diversos tipos de corpos.

No setor de hotelaria, fast food e cozinha onde, segundo dados dos fabricantes, as mulheres são maioria, a exigência em relação às roupas é maior pois elas não aceitam um uniforme que desvalorize sua aparência. Assim, em algumas empresas, são criadas soluções conjugadas para que a pessoa tenha a liberdade de optar, por exemplo, quando quer trajar uma saia ou calça comprida.

Até mesmo as antigas calças com elástico na cintura, recebem agora um cós, que proporciona um aspecto mais alinhado. As cores são utilizadas com maior frequência, atribuindo um ar mais descontraído, arrojado ou clássico, de acordo com a imagem da empresa.

Tecidos inteligentes

A tendência para o futuro das roupas profissionais é a intensificação de uso dos novos materiais que têm surgido para confecção. Para Tania Marcia Batessaco, estilista e consultora da Santista: " o aparecimento de tecidos com modernas tecnologias tem contribuído bastante para as transformações dos uniformes, os chamados "tecidos inteligentes" interferem na aparência e, principalmente, nas áreas operacionais das empresas agregam qualidade, segurança e conforto".

Hoje, os tecidos especializados desempenham diversas funções e vários setores têm se beneficiado de seu uso. Fabricantes de produtos eletrônicos têm à sua disposição tecidos anti-estática para evitar interferências inconvenientes em sua linha de produção. Nas cozinhas e em hospitais, tecidos antimicróbiais surgem para diminuir a probabilidade de contaminação.

Os novos tecidos, ao contrário do que se poderia supor, não têm sua aplicação restrita às áreas operacionais. Para funcionários que trabalham em setores de atendimento, materiais que não amassam e ao mesmo tempo evitam o odor de suor garantem o aspecto asseado e a boa apresentação de trabalhador.

Algumas áreas apresentam mais limitações para diversificar o uso de tecidos. Uma delas é a cozinha, onde materiais com a predominância do algodão proporcionam maior conforto, higiene e segurança dos usuários. Para algumas funções dentro das cozinhas as roupas recebem tratamentos especiais com a finalidade de repelir gordura e água, facilitando a remoção de manchas e ampliando ampliar a durabilidade da roupa.

Para os funcionários de fast food e restaurantes, que trabalham no atendimento, servindo mesas ou balcões, também é indicado o tecido com a proteção de Teflon, que proporciona a repelência necessária à água e ao óleo. A roupa fica sempre com uma aspecto impecável, reforçando a imagem de limpeza do estabelecimento. A aplicação não altera a aparência nem a permeabilidade do tecido e não tem cheiro.

Nos serviços de hotelaria e em companhias aéreas, onde a linha clássica predomina, os tradicionais gabardines e panamás, acrescentado dos dois últimos lançamentos da Santista, o Milord (de poliéster e viscose) e Kersey (de lã e poliéster) suprem as mais rigorosas exigências. O Terbrim, Twill Soft e Grafil, também bastante utilizados nesses setores, ganharam acabamentos diferenciados que lhes atribui um toque sedoso e melhor caimento.

Além dos tecidos inteligentes, as roupas têm seu aspecto alterado para melhor devido à maior atenção aos detalhes e aviamentos utilizados. Isso ocorre em uniformes de todas as áreas dentro de uma empresa. Um bom exemplo está na vestimenta do chef de cozinha, que recebe cuidados especiais, tornando o traje mais "social". Geralmente os tecidos são 100% algodão, o corte é de alfaiate, os botões forrados e produzidos artesanalmente, e os bordados, geralmente, são elaborados com linhas douradas.

O planejamento necessário

Planejar, adaptar exigências e confeccionar uniformes não é tarefa fácil e exige cada vez maior conhecimento de materiais, costura e até mesmo de marketing. Para assessorar as empresas que buscam roupas profissionais a Santista, tradicional fabricante de tecidos no Brasil, criou um sistema que garante a qualidade do produto e acrescenta um atendimento completo ao público consumidor de seus tecidos.

Hoje, a empresa oferece consultoria de profissionais da área que orientam e acompanham a implantação de linhas de novos uniformes ou remodelação dos antigos. A criação de roupas profissionais engloba inúmeros trabalhos que incluem a criação dos modelos, especificação dos materiais, planejamento da quantidade de uniformes diferentes que devem existir para funções ou cargos de funcionários.

Para garantir a eficiência do material fabricado e confeccionado, a Santista tem várias confecções homologadas, preparadas para produzir as roupas de acordo com o projeto inicial e com a qualidade exigida pela empresa.

O surgimento de uma gama maior de tecidos inteligentes e a reavaliação do conceito de uniformes permitem que, atualmente, as empresas tenham nessas roupas mais uma ferramenta para criar diferenciais dentro dos mercados em que atuam.




Facilidade e Higiene

A diversidade de novos tecidos oferece mais alternativas para empresas que buscam maior praticidade em seus uniformes e complementos de suas roupas. O surgimento do "nonwoven" ou "não tecidos" se apresenta como solução para diversos setores, principalmente aqueles que dependem de maiores cuidados com contaminação.

O material é descartável e bastante prático para várias situações. Contribui para aumentar a higiene e limpeza em áreas operacionais, como cozinhas e hospitais, reduzindo riscos de contaminação. O "não tecido" é fabricado com várias opções em relação à matéria-prima e quanto à gramatura. Existem normas que especificam o tipo adequado para cada finalidade.

A Unir, um dos fabricantes do produto no Brasil, produz extensa linha que se aplica a cozinhas. Constam dessa linha, produtos como aventais para cozinheiros e assistentes, máscaras regular e oval, turbantes, panos para limpeza leve e pesada, protetor de camisa, fundos de bandeja, toalhas e bigodeira. Uma das vantagens dos elementos fabricados com "não tecido" é a redução de custos operacionais, tais como lavagem, mão-de-obra e energia.

A Lagrotta Azurra também fabrica materiais com "não tecido" e, entre outros itens, disponibiliza ao mercado sua touca protetora capilar, fabricada com alta tecnologia e matéria-prima de última geração. A touca, que atende normas da Vigilância Sanitária, protege o produto manipulado de contato com cabelo e evita acidentes com fogões e máquinas.

Uma das utilidades dos materiais produzidos com este material na indústria de alimentos é a possibilidade de serem utilizados por pessoas que visitam locais que exigem padrões máximos de higiene, com essas peças o visitante pode circular pelas áreas operacionais vestido adequadamente.

Apesar de relativamente novo no Brasil, este segmento vem se desenvolvendo muito nos últimos anos, principalmente junto às cozinhas, onde sua utilização normalmente é feita como complementação ao uniforme tradicional.




Passos para escolher o uniforme certo

A escolha do uniforme certo exige algumas observações importantes. Leia algumas "dicas" que podem ajudar em suas decisões.

1. Qual o objetivo da opção pela uniformização?

- Mudar ou criar uma imagem para a empresa

- Auxiliar na organização interna

No primeiro caso, há necessidade de profissionais de marketing para orientar a escolha, já, no segundo, gerentes operacionais e administrativos precisam participar do processo.

2. Qual a imagem que a empresa quer passar?

- Arrojada

- Conservadora

É bom lembrar que um uniforme arrojado pode não ficar bem para todas as pessoas, às vezes pode-se caracterizar melhor uma imagem mais moderna, trabalhando apenas com cores.

3. Como é o ambiente de trabalho?

É importante estar atento a este item pois há condicionantes como temperatura média ambiente, periculosidade da área, entre outras que exigem uso de tecidos especiais, além de maior atenção com aviamentos, acessórios e modelagem.

4. Qual a cultura do público usuário do uniforme?

Apesar de se tratar de uniforme de trabalho é bom lembrar que há fatores que podem limitar a utilização de algumas vestimentas, e causar até problemas de relacionamento entre o grupo ou chefia.Um exemplo: algumas religiões proibem o uso de calças compridas pelas mulheres. Nesses casos, quando for possível ou necessário, é interessante criar alternativas de uso.

5. Como são as pessoas que usarão os uniformes?

Alto, baixo, gordo, magro... o biotipo das pessoas varia muito, e certas roupas não ficam bem em todas as numerações. É aconselhavel consultar profissionais que entendam do assunto para minimizar estes problemas.

6. As pessoas se sentirão bem ao usá-lo?

Agradar a todos é quase impossível e ouvir opiniões de quem usará o uniforme é fundamental. É indicado criar uma comissão de funcionários que participe da escolha do uniforme, pois isto contribuirá para aumentar o nível de satisfação e uma identificação dos funcionários com os uniformes escolhidos.

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